ABSTRACT
Objetivos: analisar a evolução dos agentes causadores da sepse bacteriana na unidade neonatal do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, período de janeiro de 2000 a junho de 2005. Método: estudo transversal de prevalência em recém-nascidos com diagnóstico clínico e/ou laboratorial de sepse neonatal. Considerou-se sepse precoce aquela diagnosticada com até 48 horas de vida e tardia após este período. Realizou-se análise dos prontuários de todos os pacientes internados com sepse neonatal na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O estudo gráfico dos dados foi realizado no Microsoft Word 2007 e análise estatística no Biostat 5.0, pelo teste não-paramétrico do Qui-quadrado, com nível de significância p<0,05. Resultados: dos 15038 recém-nascidos internados, 1704 (11,3%) foram diagnosticados com sepse neonatal precoce ou tardia. Dentre estes, 58,3% eram do sexo masculino; o baixo peso foi predominante, com 39,2% se situando entre 1501-2500g e o parto vaginal correspondendo a 61,5% do total. A taxa de prevalência da sepse neonatal encontrada foi de 34/1000 (9,8/1000 para a sepse neonatal precoce e 24,2/1000 para a sepse neonatal tardia), com predomínio da sepse tardia (74,45% dos neonatos acometidos). Os agentes etiológicos mais prevalentes na sepse precoce foram: em 2000 E. cloacae (7,9%), em 2001, 2002 e 2003 K. oxytoca (24,2%, 25,7% e 11,5% respectivamente); em 2004 E. coli (5,5%) e em 2005 P. aeruginosa (4,2%) de todos os pacientes diagnosticados com sepse neonatal. Já os agentes etiológicos mais prevalentes na sepse tardia foram: em 2000 E. cloacae (11,9%), em 2001, 2002 e 2003 K. oxytoca (27,2%, 10,5% e 7,1% respectivamente) e em 2004 e 2005 E. coli (7,4% e 1,6% respectivamente). A taxa de letalidade média encontrada foi de 53,3/100 pacientes com sepse neonatal. Conclusão: a taxa de infecção por sepse neonatal foi elevada, com prevalência da sepse neonatal tardia. Os agentes etiológicos predominantes foram as bactérias Gram-negativas, sendo o principal sítio de infecção a corrente sangüínea. A letalidade neonatal por sepse ainda é muito elevada neste serviço.
Objective: analise the evolution of the agents that causes bacterial sepsis in the neonatal unit at Santa Casa de Misericordia do Para Foundation Hospital, january 2000 to june 2005. Methods: transverse of prevalence study in new borns with clinical and/or laboratorial diagnosis of neonatal sepsis. Early onset sepsis was considered the one diagnosed until 48 hours of life and late onset sepsis after this period. The analysis of the promptuaries was realized with all patients interned with neonatal sepsis at Santa Casa de Misericordia do Para Foundation. The graphic study of the informations was realized in Microsoft Word 2007 and statistical analysis realized in Biostat 5.0, by non-parametric test of Qui-quadrado, with significancy level of p<0,05. Results: 1704 (11.3%) from 15038 of interned newborns were diagnosed with early or late onset neonatal sepsis. 58.3% of them were male; low weight predominated, with 39.2% situated among 1501-2500g and vaginal parturition corresponded to 61.5% of all. The neonatal sepsis prevalence tax founded was 34/1000 (9,8/1000 for early onset neonatal sepsis and 24,2/1000 for late onset neonatal sepsis), predominating late onset sepsis (74.45% of affected newborns). The most prevalent ethiological agents in early onset sepsis were: in 2000 E. cloacae (7.9%), in 2001, 2002 and 2003 K. oxytoca (24.2%, 25.7% and 11.5% respectively), in 2004 E. coli (5.5%) and in 2005 P. aeruginosa (4.2%) of all pacients diagnosed with neonatal sepsis. In the other side the most prevalent ethiological agents in late onset sepsis were: in 2000 E. cloacae (11.9%), in 2001, 2002 and 2003 K. oxytoca (27.2%, 10.5% and 7.1% respectively) and in 2004 and 2005 E. coli (7.4% e 1.6% respectively). Mortality tax found was 53.3/100 of pacients with neonatal sepsis. Conclusion: infection tax by neonatal sepsis was high, predominating late onset sepsis. Ethiological agents prevalence were Gram-negative bacterias, with main infection place the blood. Neonatal mortality by sepsis is still very high in this service